
Entre as exportadoras, que se beneficiam pela alta do dólar, Fibria ON ganhava 2,53%; Klabin PN, +2,39%; BRF ON, +0,72%; JBS ON, +1,18%; Gerdau PN, +3,70%; Marfrig, +0,45% – Foto: divulgação
Após a forte baixa nas últimas sessões, o dólar se fortalece ante o real nesta segunda-feira (14), influenciado principalmente pela queda do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional. Os juros futuros também avançam, acompanhando o movimento da moeda americana.
O Ibovespa opera com volatilidade; há pouco o índice caía, pressionado pelos papéis da Petrobras e da Vale.
No campo político, os investidores aguardam os próximos passos dos partidos em relação a um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff, depois que os protestos deste domingo (13) contra o governo superaram as expectativas.
“Enquanto espera novos desdobramentos no campo político, o mercado doméstico reage ao cenário internacional”, comenta Rafael Ohmachi, analista da Guide Investimentos.
A moeda americana à vista subia 0,30%, a R$ 3,6270, e o dólar comercial ganhava 1%, a R$ 3,6260.
“O dólar passa por um ajuste em relação ao real nesta segunda-feira, influenciado também pela queda das commodities, que afeta as moedas de países emergentes, como o real”, explica Marcos Pessoa, economista da corretora Renascença. “O mercado já esperava uma forte adesão popular às manifestações deste domingo contra o governo; embora as expectativas tenham sido superadas, de certa forma ela já estava precificada”, acrescenta.
O dólar subia em meio à queda dos preços do petróleo no mercado internacional, depois que o Irã declarou que só deverá aderir a um acordo para conter o excesso de oferta após aumentar sua produção.
Em Londres, o Brent perdia 2,87%, para US$ 39,23 o barril; nos EUA, o WTI caía 4,10%, para US$ 36,92.
JUROS
O mercado de juros futuros opera em alta, acompanhando o movimento do dólar: o contrato de DI para janeiro de 2017 subia há pouco de 13,730% na véspera para 13,810%; o contrato de DI para janeiro de 2021 saía de 14,190% para 14,280%.
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que as expectativas de economistas é de que a taxa básica de juros (Selic) encerre o ano a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado manteve a projeção de 12,50%.
BOLSA
O Ibovespa abriu em alta, recuou e agora há pouco caía 0,18%, aos 49.548,66 pontos. As ações da Petrobras e da Vale recuavam, em reação à queda das commodities no mercado internacional.
As ações preferenciais da Petrobras perdiam 4,44%, a R$ 7,73, e as ordinárias recuavam 4,16%, a R$ 9,67.
Os papéis da Vale reagiam à queda dos preços do minério na China e caíam 2,46%, a R$ 9,90 (PNA) e 1,65%, a R$ 13,64 (ON).
Entre as exportadoras, que se beneficiam pela alta do dólar, Fibria ON ganhava 2,53%; Klabin PN, +2,39%; BRF ON, +0,72%; JBS ON, +1,18%; Gerdau PN, +3,70%; Marfrig, +0,45%.
Braskem PNA tinha alta de 7,14%, reagindo à notícia divulgada pelo jornal “Valor Econômico” de que aumentou a lista de interessados em comprar a fatia da Petrobras na petroquímica.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhava 2,53%, Bradesco PN, +2,76%, Santander unit, +1,38%, Banco do Brasil ON, +1,84%; BM&FBovespa ON, +0,75%.
EXTERIOR
Nos EUA, os índices recuavam, pressionados pela baixa do petróleo: o Dow Jones caía 0,08%, o S&P 500 perdia 0,20% e o Nasdaq, -0,02%.
Os investidores aguardam ainda a reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na próxima quarta-feira (16), que decidirá sobre o rumo dos juros naquele país.
Na Europa, a maioria das Bolsas subia: Londres (+0,67%); Paris (+0,49%); Frankfurt (+1,69%); Madri (+0,77%); Milão (-0,18%), repercutindo a produção industrial da zona do euro melhor do que o esperado. A produção industrial nos 19 países da região subiu 2,1% em janeiro ante dezembro, segundo a Eurostat, a agência de estatísticas do bloco, e teve crescimento anual de 2,8%.
As Bolsas chinesas subiram nesta segunda-feira. Os investidores reagiram positivamente às declarações do presidente do principal órgão regulador de mercado. Liu Shiyu disse no sábado (12) que a mudança da China para um sistema de registro para novas ofertas públicas iniciais de ações “vai levar um tempo relativamente longo”, e que “é muito cedo para falar sobre” a saída dos fundos de resgate do governo do mercado.
Por Folhapress
Fonte: Em Tempo – Economia
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