
De acordo com o órgão estadual, este foi o primeiro encontro de uma rodada de conversas que deve acontecer até o próximo mês – foto: divulgação
Hoje é comemorado o dia do consumidor, no entanto, mais do que comemorar a data é um convite à reflexão sobre como o cidadão é tratado nos estabelecimentos privados e pelos prestadores de serviços que, muitas vezes deixam a desejar no trato com o consumidor. É ainda um momento oportuno para incentivar à procura pelo respeito aos direitos adquiridos.
De acordo com a chefe do atendimento do Secretaria Executiva de Proteção e Orientação ao Consumidor (Procon-AM), Helen Morais, por mês, são registrados entre mil e 1,2 mil reclamações na sede do órgão de defesa do consumidor, sem contar as notificações realizadas nos Postos de Atendimento ao Cidadão (PAC’s).
“Em janeiro foram 1225 e em fevereiro 1060 atendimentos, quase todos relacionados a má prestação de serviços de energia, água, telefone e agências bancárias. Se contarmos as notificações nos PACs, os números são maiores”, diz Helen Morais.
Apesar de números significativos, algumas das reclamações não chegam a ser registradas no Procon, alguns consumidores preferem agir por outros meios para resolver suas queixas. Há consumidores que preferem resolver o problema com a própria empresa e há ainda os que vão direto aos meios judiciais. Nesses casos não há estatística junto ao Procon.
Consumidores
A aposentada Ivone Pereira afirma que se sentiu lesada com os serviços prestados pela empresa Claro TV e que pretende ir ao Procon exigir o cumprimento de seus direitos. “Foi nos oferecido um pacote de R$ 59 e quando veio a fatura o valor subiu para R$ 97 em dois pontos. Mesmo pagando pelos dois pontos apenas um funcionava. Ligamos inúmeras vezes para a empresa que só marcava visita técnica, mas nunca apareceu. Estamos entrando com uma ação no Procon”, afirma.
Já o publicitário Kevin Williams Coutinho Barroso, conta que teve problemas com a NET, que fez uma venda casada que só foi percebida quando a fatura que era de R$ 150, passou para R$ 300. “Sei que a venda casada é proibida, mas na hora não percebi que a NET estava me enganando, só fui perceber quando o valor que era de R$ 150 passou para R$ 200 e agora já está em R$ 300. Tentei solucionar o problema com a empresa, mas como não consegui até agora, o meu nome foi parar no Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC)”, conta indignado.
O videomaker Gideão Paixão teve problemas com a empresa de telefonia OI, mas preferiu processar a empresa a entrar com ação no Procon. “Não procurei o Procon para oficializar a reclamação contra a OI. Contratei um serviço e me cobraram outro valor, aí fui direto para as pequenas causas e processei eles”, relata.
Lista de reclamações
Em 2015 o Procon Amazonas atendeu 77.825 pessoas e, deste montante obteve saldo positivo de 94,7% dos casos. A lista de reclamações é encabeçada pela energia elétrica, seguida dos consumidores insatisfeitos com os serviços de telefonia celular, TV por assinatura, água e esgoto, cartão de crédito, telefonia fixa, cartão de lojas, escolas (pré, ensinos fundamental, médio e superior), internet, entre outros.
Por Asafe Augusto
Fonte: Em Tempo – Economia
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